O meu pequeno mundo expandiu-se

Estava na hora de ir embora, a vontade não era nenhuma mas tinha de ser. Dissse adeus a tudo, tecnicamente tinha me despedido de tudo mas na minha cabeça ainda não tinha aceitado essa despedida!
Pus-me dentro do carro , pedi desculpa pelo atrazo a minha tia. O carro dela era super giro, ela fez-me imensas perguntas eu só dizia "sim!" e "não!" acho que a minha tia compreendeu o meu silêncio, porque a metade do caminho parou com as perguntas, venerei isso, por ela me compreender. Pelo caminho vi coisas lindas, que nunca tinha visto por exemplo telemóveis, na aldeia só havia telefones fixos. Passei pela praia também nunca tinha visto nenhuma, só nas fotografías da minha mãe. E fiquei encantada pelo centro comercial,  não sabia o que era mas era enorme e lindo. Finalmente chegamos a Lisboa. A minha tia vivia numa rua cheia de vivendas, com belos jardins, e cores lindas. Estava encantada com o sucedido, queria ver mais, aquilo foi a única coisa que me fez esquecer a minha mãe!
Passado aquilo tudo a minha tia nota que estou encantada com aquilo tudo e pergunta com uma voz doce e suave, como se fosse para não me magoar : - então gostas? É aqui que vais viver, espero que gostes - perguntava isto enquanto tirava a chave do carro e abria a porta deste !
Eu respondi com uma voz baixa e envergonhada : - sim tia gosto bastante !
A minha tia era um bocado trapalhona, enquanto tentava encontrar a chave na mala eu dava voltas e voltas a olhar em redor, para o céu, para as árvores, para os carros, aquilo ali era mesmo diferente.
A minha tia encontrou a chave por fim, entramos em casa! Não era nada do que tinha imaginado, aquilo para mim era um palácio, cheio de cores, luz  era um sonho. Estava parpelexa. A minha tia convidou-me entao a mostrar a casa, todas as divisões eram lindas como o hall da entrada ! A minha tristeza estava a ser encobrida por estes instantes! A minha tia disse que eu podia ir para o baloiço brincar, enquanto ela arrumava as minhas coias, eu não percebi, o que quiz dizer com "baloiço" porque nunca tinha ouvido falar em nenhum. Então ela riu-se e disse-me o que era e lá fui eu para o bailoço. Andava para traz e para a frente a ver o azul do céu e a pensar onde estaria a minha mãe..
Foi então que ...

1 comentário:

Filipa disse...

' muito obrigada *